Trouxe a magia das palavras aos animais.
O gato lambia a cauda
em sua solidão harmoniosa.
A cadela olhava-me.
O peixe nadava às voltas no aquário
como se fosse sempre a primeira vez.
As plantas mantinham-se na mesma posição.
Os pássaros continuavam a picotar o chão.
Mas ali estava eu de pé.
Recitando-lhes a minha poesia.
É o que sei partilhar.
Ninguém bateu palmas,
nada haveria mudado.
Depois de ter recitado,
agradeci sem olhar
e o mostrei o meu sorriso
de despedida por ter
acabado o poema.
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