A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

terça-feira, 4 de junho de 2013

Ó[p/c/d]io Deambulante

Salva-me além,
trespassa-me salvação,
ando por cima de linhas rectas
desequilibradamente contemporâneas
carregando sentimentos impermeáveis,
não me largo, olho para baixo
e adivinho as consequências da queda,
cedendo a divisão entre a dimensão espiritual
e a razão corporal.

Chaves-mestras
num pequeno ruído
prestes a tornar-se um estouro,
correndo entre olhares sem fechaduras
em portas desenhadas nas paredes
de um traço sem intenção
de existir ao laço incapaz
de entrelaçar por estar tão amachucado
e hirto de tanto ser tocado.

De quem é este quadro?
São precisas quantas drogas
para atingir este estado?
Não confundir nuvens com nevoeiro
tóxico e poluído,
são ilusões a ganhar vida
nos meus passos largos
passando pelos móveis
cuja madeira se torce
e contorce com o toque
nojento da transpiração.

                                                                                                                                                         

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentário