A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.
A minha inocência foi esta:
Francisco Sarmento
Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Às vezes tenho vergonha de existir. Oxalá não fosse humano e não tivesse que lutar contra os meus sentimentos. Quem me dera poder destruir estes fantasmas da minha cabeça sabendo que eles existem e amaldiçoam as minhas decisões. Nem sabes a tortura que é. Se não ouvir música e dançar o seu ritmo estaria louco com tanto ruído. Provavelmente nem estaria aqui. Como tudo seria simples, senão tivessem ejaculado as frustrações de outrém em cima mim quando era novo. Merda! É tão difícil rejeitar o espelho que me rejeita!... apetece-me chorar, mas se choro vou lembrar-me da minha infância e sentir-me-ei uma aberração... tenho vergonha de existir, o medo que me assola zumbe constantemente o meu cérebro sacudindo de mim a vontade de ser feliz. Quando falo com alguém, a minha sombra goza-me berrando. Merda! Tenho vergonha de existir, não houve quem reparasse na minha existência quando eu era mais novo, e agora sou assombrado por isso. E sei, sei tão bem disso mas não sei lutar contra isso. Posso me abstrair, é verdade, mas vai-se acumulando em mim sem me aperceber e tenho medo de explodir. Tenho forças, mas não sei por onde caminhar... alguém sabe? A pressão que se ergue em mim obriga-me a falhar por impulso. Não quero ser mais assim... estou desesperado. Merda! Conheço os meus feitos, as minhas conquistas, mas não lhes sei sorrir nem tenho orgulho. Porque o meu pai nunca me sorriu às minhas conquistas, e pior, desprezou-as e amaldiçoou-as. Não fiz mal a ninguém, não cometi os erros com intenção. Sou contrário ao meu pai, sou boa pessoa, tenho muitos motivos para me orgulhar de quem sou mas não tenho orgulho. Meu pai, esse reles, consumido pela malvadez, destruiu muita gente, enganou outros e tem orgulho demais. Toda a tristeza só me serviu para escrever este texto. Não estou triste e sei o que quero e como lá chegar.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentário