Tenho uma chama
a chamar por ti,
em sonhos a murmurar
como se estivesses aqui.
É fogo posto, sua incendiária,
era suposto ser livre de tocar no teu rosto
e não ser uma história imaginária.
Alimentada a chama
pelo teu nariz de Pinóquio,
mas também era ilusório,
a matéria dele
não era madeira verdadeira.
Este meu amo-te
não era mais que uma
faca espetada por mim
no meu próprio coração.
Consumiste a minha alma,
infértil e salgada num caldeirão,
mas ainda antes de morrer
quis te dar uma festa na cara
para um último prazer.
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