Rio-me. Rio-me por nada.
Para não chorar por tudo.
Apelidam-me de maluco,
parvo, estúpido, em meios-elogios,
mas o que sinto tem de ser mudo
berrando forçosamente pensamentos frios,
porque o silêncio germina reflexão
e o olhar desvia-se do coração,
dos olhos de outrém, em direcção ao além,
para que a lágrima caia para o lado,
como quem cospe, espirra ou tosse,
porque se a lágrima se mantém,
reflectirá o que tenho pensado,
fosse como fosse,
tristeza nunca convém
à desonestidade e a quem
não quer ver a realidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentário