E esperei que olhasses para trás na despedida,
e olhaste, e fiquei feliz e brilhante,
esperando especado, com medo
de perder a oportunidade,
e esperei... e esperei... e esperei...
na eterna ânsia pela tua promessa subtil,
esperei que voltasses, que me amasses
tal como vi o teu olhar desejar os meus lábios,
tal como as tuas palavras faladas sobre amar,
fiquei, no meio da estrada, a olhar, a olhar,
vendo-te ir, cada vez mais longe,
cada vez mais afastada, cada vez mais distante,
como um ponto, que esperei ser uma estrela,
até desapareceres, passando semanas
desfazendo o meu sorriso,
até depois disso esperei,
por uma justificação, por uma resposta,
por um fim, um fim qualquer,
um sinal, um explosão, um grito ao longe
como quem está a acordar!
Algo! Uma coisa ínfima!
E o tempo passou...
e eu fiz luto ao meu sorriso...
e tanto tempo depois,
apareceste dizendo
que a morte pariu o amor
antes de existir entre nós os dois.
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