A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sociedade

Para sempre crianças, é na infância que estão as raízes dos nossos sonhos e o sonho vive-se mais intensamente que a própria vida, por enquanto pois quantos somos nós os condenados.Os presos, atrás das grades da sociedade que nos educa com a tortura do relógio, esmaga ovos talentosos, impede as sementes de crescer, preenche os campos da solidão com crateras cinzentas e inférteis. A mim, deram-me uma chupeta para provar e mal a apreciei eles arrancaram-ma e disseram: agora sobrevive, ó desgraçado, uma vida inteira à procura dela e do seu culpado. E morremos à procura, mesmo sem procurar, procuramos o conforto do abraço trancados no quarto com o medo da opressão dos julgamentos insanos desses humanos desumanizados que fogem, covardes às suas próprias desgraças contando anedotas, fingindo falando com intelectualidade para ter a atenciosidade escassa que fracassa quando é esse o objectivo, ou na inveja que espreita nas janelas dos vencedores, ou na violência com que beijamos o nosso igual entre ferros quentes fascistas, ou justificar a ignorância desses merdosos inocentes que se preenchem com sexo e álcool que defecam a pensar na política e na História da sua Nação que não amam porque não a conhecem. Sociedade, é sua própria causa, é sua própria consequência e é a sua próxima há-de vir e eu sou filho dela, um filho duma grande puta.

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