A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

sábado, 17 de dezembro de 2011

O tempo faz colecções,
na minha pele estão as razões
de um movimento fingido
e as cicatrizes tornam-me fugido
do toque suave e acolhedor de alguém
que me arrepia só de pensar que me quer bem...

de dentro para fora surgem borbulhas preguiçosas
secas pelo tempo de uns ventos laterais...
mãos com cales desenhadas por lutas impiedosas,
e que mãos, de dedos paralisados por cansaços imortais...

das rugas do sorriso pertencem outras de tristeza,
notam-se olhos distantes de lágrimas invisíveis,
tatuagens sem tinta contam histórias imperceptíveis
de toda uma vida desnatural da Natureza.

Escondido no meio de milhões de pêlos camuflados
da cor das outras espécies de humanos
como uma flôr, uma flôr pendurada numa árvore
que suspira pedaços seus de pólen
escondido entre as próprias folhas.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentário