A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Encoberto De Pensamentos - A Minha Fuga

Vazio, como água, como ar,
quando estou a pensar,
a pensar no andar daquele,
a pensar no que aconteceu,
a pensar no porquê,
a pensar que estou a pensar demais
e ainda estou a andar
sem me lembrar por onde caminhei,
a pensar porque não me lembrei,
já estou a pensar em não pensar
sem conseguir parar de pensar
como contas sem contas contar
e a lua passa e eu já não sei qual é a vaza,
quando vai já não vai tempo
por cada momento que passa,
passa passou e já foi passado
passado estou eu por não
conseguir ficar parado.
Não é energia a mais
é simplesmente...
Desculpa-me lá ó eu
é sem querer que acontece
mas a pausa já morreu,
já estás a pensar, esquece.

Mas eu sei o que se passa
porque eu sou a tua consciência
e digo-te porque tens essa tendência,
é para preencheres o vazio:
na retina nada se passa
para não veres que te vêem
para não sentires o que te pariu,
mas bem que podes fugir
que eu sei quem te sorriu
e sei que vais reflectir
na estupidez de não reagir
à frente do olhar
que te penetrou,
ficaste incomodado
e pôs-te a pensar
na arma que tens na mão
contra ti próprio de anti-perdão.
Acomoda-te à solidão
como um animal
e serás instinto
antes de chegares ao para-normal.
Agora já tentas e tentas e tentas
e enfrentas com vergonha não comentas,
sei do que falo e tu sabes bem,
consegues-me ouvir?
Então ouve, não é nenhuma receita,
não escondas segredos de ti próprio,
lutas sozinho sem ocupar espaço
nem posição, lutas contra o quê, então?
Porque eu não entendo, simplesmente,
porque quando tentas falar não consegues
e tentas absurdamente passar à frente.
Caos, como uma fénix,
ruíste com a vida,
afundado entre dentes cerrados,
estéril com tantos fardos,
quem és tu?
Mudaste de personalidade, foste obrigado,
ou não eras fera ou eras espancado.
Quem és tu afinal?
Não percebo, que fim terás?
Porque o tempo passa
e eu ainda não entendi se o verás
antes de abandonares essa caça.

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