De mãos escondidas nos bolsos,
de capuz a cobrir as faces
vou descendo a rua esquecida;
a memória desfocada transformou-a em noite;
nas janelas dos prédios fotografias ganham vida;
ao meu lado, na parede, os tags desenham palavras marcadas;
os candeeiros de rua projectam sombras de amigos que passam;
nos espaços confusos entre as pedras das duas calçadas
ramificam-se pensamentos, reflexões
e experiências de vida justificadas por opções;
ouve-se um forte eco de um pêndulo
a tocar a cada passo que dou...
e a cada passo que dou
passa o vento por mais uma ruga que ficou.
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