Choro, ó minha Pátria,
choro o nosso Povo.
Que outrora fora rei com o mundo
e hoje está num declínio profundo.
De ignorantes nos fizeram
achar-mo-nos grandes.
Teve, o nosso triste Tejo, a premonição
da desgraça da entrega do nosso Povo à escravidão.
Mas acha-mo-nos inteligentes,
mas acha-mo-nos livres,
mas preguiçosamente desfazemos frentes
que tão orgulhosamente inspiraram livros.
Ó Povo, meu Povo,
que lágrimas te hei-de chorar?
Se quando te exalto
queres-me calar.
Continuamos analfabetos
iludidos do mar alto,
pois não se conhecem,
se à memória
se não conhece a nossa História.
O Tejo implica
as lágrimas dos marinheiros
cujos corpos estão
enterrados no esquecimento
que sem voz se complica
a escrita da nossa Nação.
Adivinhaste, Tejo,
que, por quantas palavras choraste,
nenhuma conquista veio para ficar
senão somente a escuridão no profundo mar
com que abrigaste a rotina
que ao turista se vai lembrar.
Já não te conheço, país,
mas sei onde ficas
e mais os restos
de conversa que o político diz.
Abandonámos D.Sebastião,
ao vendermos a nossa Pátria e Nação
para sermos tratados por País
na cobiça da globalização
engolidos pelas suas acções vis.
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