A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

quarta-feira, 21 de março de 2012

Palavras Para Quê?

A Humanidade descobriu o sol
e recriou-o no teu corpo,
se é mito talvez
mas no meu olhar torna-se um ritual,
quando surges eu derreto
para ser o oceano que reflecte
a perfeição do teu brilho,
nem branco nem preto,
não precisamos de ver
para saber o que o outro há-de querer,
não precisamos de crer,
já a temos a certeza
do que a Natureza requer,
é simples, eu sou o teu homem
e tu és a minha mulher,
és espelho re-criado
da obra do amor
 e eu sou aquela parte
aparte da dor,
juntos fazemos rituais únicos
e torna-mo-los recordações,
por cada vez que nos juntamos
celebramos a cerimónia
bebendo o planeta num copo de champanhe
e reformulamos a teoria da relatividade
porque não há palavras,
só há olhares e momentos intensos,
entre nós não há razões,
como deuses activistas, tu e eu,
somos criadores da realidade,
somos sonhos realizados
e sem se saber,
alteramos toda e qualquer verdade,
criamos o efeito borbuleta
através de acções em pequenas proporções,
nós é que ditamos o que é treta,
hoje tornamos a ilusão, o sonho,
a miragem, o abstracto, o surreal,
em algo bem real,
tão real que quase considero
ser fatal,
o universo não passa de uma meia anedota
quando existe algo como isto entre nós
que a toda a hora torna a hora morta,
fomos feitos um para o outro,
para lá destas quatro paredes
está um resto de um mundo louco...

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