os nossos olhos cruzam-se,
e se cruzam-se-me
factos interpretados por mim.
Desconheço a tua interpretação,
se jogaste com razão, com o coração
na nossa interacção, ou se foi tudo
ilusão fornecida pela solidão
de uma vida de um ruidosamente surdo.
Ainda me pergunto
o que terá acontecido,
e se aconteceu,
quem interrompeu
e o que terá corrompido.
Passas por mim,
apesar do meu fogo congelado,
ainda há calor sem fim
quando passas ao meu lado.
Meu ser, meu parecer,
meu espelho infinito,
caio em ti sem me perder
até o chão me tornar mito.
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