Ao longe um mundo
que quase conheci.
Desejo-a.
Por um segundo
não correspondi.
Não é verdade,
uma festa na cara,
um olhar de ansiedade,
em lugar errado.
Não sou burro
mas mantenho a minha burrice,
por outro lado...
o tempo deu-me um murro...
burro... seria se eu caísse.
Atirei-me do pico de uma estrela
e a gravidade da terra puxou-me,
não queria tê-la
porque sou feito de deambulações
incríveis, condenadas pela sociedade,
não conhecendo as razões,
tornou-me em teorias impossíveis:
sonhos...
sonhos...
sonhos...
enquanto sonho,
sonho não sonhar,
sem mexer concretizar...
sou eu,
sonho que detesta sê-lo,
que sonha ser real.
Sou eu, metade inexistente,
de objectivos e momentos falsos,
sou eu, cujo o pé esquerdo
arrasta-se atrás do direito
como um bêbado
bêbado de sorrisos
e olhos fechados
enquanto olha o céu.
Sou eu, lúcido,
nestas linhas onde me perco
e escrevo sem escrever,
sem perceber a raíz do poema,
chego ao fim sem conclusão,
porque sou eu.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentário