A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu, o Cognome e Eu. (v.s.a.)

Eu, o Desvio do Vento
e o Movimento Contrário ao Tempo.
Eu, Alguém que é Ninguém
e o Boneco Pousado na Prateleira dos "Sem".
Eu, o Poema Nunca Lido
e o Rio Mais Poluído.
Eu, o Dente Substituído por Baixo da Almofada
e o Mais do Menos do Nada.
Eu, a Pessoa que já Morreu
e o Minuto que já Desapareceu.
Eu, a Comida Fora da Validade
e a Desprezada Realidade.
Eu, o Sangue Derramado
e o Coração Apertado.
Eu, o Grito Abafado
e o Nó da Garganta Apertado.
Eu, a Sombra mais Escura da Negra Solidão
e os Olhos que Nunca mais Abrirão.
Eu, a Morte da Calma.
Eu, o Despedaço d'Alma.
Eu, Apenas Eu.

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