É preferível viver de promessas eternas do que acções finitas.
O que desejar mais para lá das estrelas? É apenas o desconhecido. Uma realidade com um único nome: desconhecido. Com uma única justificação: não conheço, porque os meus sentidos não a traduziram. Para quê arriscar em descobrir se não vivi bem o que vivi (então há mais mal no desconhecido) ou se vivi bem o que vivi, então estou bem assim? Esta merd*** maneira de viver foca-se apenas no meu estado de espírito. Em mim, ser humano, ser plural, ser evolutivo. Já viram a contradição? Mas porque se pensa assim, como se não houvesse outra maneira de pensar? Porque é assim que nos ensinam, ou antes, incutem. E vivo assim. Um pensamento partilhado pelos que estão ao meu redor, sendo eu amado, porque amar é partilhar, e vivendo entre o sim e o sim enquanto sorrio com tristeza subtil para quem é diferente (especial e único), como o olhar de um cão domesticado a viver em horários para comer e sem ter a liberdade de fazer sexo durante o seu intenso cio. Cuja sua existência serve. Supostamente.
Sendo eu igual aos iguais, tenho sempre vontade de ter os especiais e únicos por perto porque são a esperança da mudança da Humanidade e também porque não são iguais aos iguais dos quais eu sou igual. Vendo-os tão únicos, que cada um deles é uma sociedade feita de um e por um só. Mas também é-me desconfortante, senão me rir deles, se forem eles sérios, vão me lembrar da merd* de pessoa que sou, confortado porque merd* é também a sociedade onde estou. Inútil matéria física serva e criadora de filhos e suor. Domesticado. A diferença é que o cio é constante porque não há partilha mais física, íntima e intensa que o sexo. E à medida que o sexo é sexo muitos se vão vendendo e comprando a mentira do Amor. Da carícia que se quer quente no seu imaterial.
Domesticados. A diferença entre a vontade de sentir e sentir é igual à distinção entre o egoísmo e altruísmo. E como animais, não realizam a diferença, prostituindo a palavra "amo-te" . Pior que os animais.
Podiam dizer "eu sexo-te". Mas enfim... coisas minhas.
O Amor existe. É simples, é a partilha de duas almas que se servem para se completarem. Tal como no juramento do casamento Católico. Mas a estupidez não consegue destingir e a burrice faz-se queixar.
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