Sou homem só.
Amaldiçoado.
Rugindo a quem
passa por mim
por bem.
E sei.
Controlado
mas em descontrolo,
sou mau olhado
em meu olhar sem miolo.
Salta-me da boca rudez
àquelas boas pessoas,
festinhas a um monstro
tocando nas feridas
escondidas pelo pêlo.
Tomara pedir-te desculpa
mas não, se o fizesse
teria de mergulhar na reflexão do meu ser,
na solidão até desaparecer,
na escuridão até não mais poder encolher,
e só quero esquecer.
Mas a minha sombra ainda se queixa,
prostituta!
Ligada aos meus pés,
ensombra os meus olhos...
não quero falar.
Também há a minha estupidez
e a maldita circunstância
que controla as interpretações erradas
daquilo que sou.
Mas o tempo concerta.
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