A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Sou homem só.
Amaldiçoado.

Rugindo a quem
passa por mim
por bem.

E sei.

Controlado
mas em descontrolo,
sou mau olhado
em meu olhar sem miolo.

Salta-me da boca rudez
àquelas boas pessoas,
festinhas a um monstro
tocando nas feridas
escondidas pelo pêlo.

Tomara pedir-te desculpa
mas não, se o fizesse
teria de mergulhar na reflexão do meu ser,
na solidão até desaparecer,
na escuridão até não mais poder encolher,
e só quero esquecer.
Mas a minha sombra ainda se queixa,
prostituta!
Ligada aos meus pés,
ensombra os meus olhos...
não quero falar.
Também há a minha estupidez
e a maldita circunstância
que controla as interpretações erradas
daquilo que sou.
Mas o tempo concerta.

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