Fujo.
Há chamas à minha volta
iluminando a escuridão.
E eu fujo, como uma presa
Em todo o lado,
carbonizam pessoas,
deixando as suas sombras sem donos,
correndo sem fim, envergonhadas,
escondem-se na escuridão,
fogem elas de mim
porque o fogo persegue
a minha perseguição.
E eu fujo dele,
da sua solidão,
das chamas do inferno
me aquecem o ódio
de eu não ser tocado,
que, por não ser,
sinto-me irreal...
e o meu corpo chora.
Mas as lágrimas
não são mais do que são
e não apagam fogos.
Devo assombrar-me?
Uma lágrima cai,
é de lava, é terra
do meu corpo derretida em ódio a ferver,
afinal, as chamas estão dentro dos meus olhos
e as sombras são vultos de pessoas
que passam temendo-me e repudiando-me.
Até que o meu mundo não difere muito da realidade.
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