menina do meu coração, sem ti não há nunca perfeição,
dançaria num ritmo frustrado da vida.
Sou cego, só os teus olhos é que me são visíveis,
traz-me as notas da tua voz para me embalares
num sono inocente entre os momentos mais horríveis,
insensível sou pois só tenho tacto para a tua pele.
Quero descrever-te mas sou apenas um barquinho,
cujas velas são sopradas por tão doce brisa
e guiadas pela voz do encanto.
Ai que já me perdi em tão magníficas águas!
Donde vens ó senhora da minha inspiração?
Serás real? Demasiada perfeição que vejo.
Não derivas com certeza da minha mente
ou eu seria demasiado humilde,
nem Aphrodite teria tanta ousadia
para se rebaixar a tamanha obra de arte!
Anjo não poderás ser pois és gigantesca tentação,
Semifará não te inventou,
como é óbvio,
ou ele teria criado a sua própria morte.
Deves ser uma Deusa real,
real por não brilhares
e Deusa por dares brilho.
Nem ponho em questão
se foste inventada pelo Homem,
que isso seria o fim de tudo
pois teríamos conquistado a perfeição.
Qual poema, qual palavra que te descreva?
Nada, bem tento mas tudo se dá
como menos que parecido.
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