O próprio pessimismo,
quando abraçado pelo amor,
brilham os seus olhos de lembrança
da felicidade que vive e viveu desde criança.
Momentos esses que não têm tempo,
pois tempos ninguém se lembra,
por ser profundo o momento
mais no coração do que na memória.
História essa não é escrita,
mas dita por uma boca convicta,
pois certeza tenho que a vivi
ou me não chamaria vida.
É certo sim,
pois dizem ter certeza da morte,
e o que é a morte sem a vida?
Então vivo, é certo,
como humano que sou,
como tudo o que vivi passou,
como sinto o que quero
e só por isso,
dou vida e realismo a tudo o que venero.
Sou feito dessas crenças
pois nelas me fio ao tomar opções,
desde que acredite e saiba responder
quando trazem dúvidas e questões.
Esta minha juventude de descobertas
as perguntas são demais
e as respostas não são certas.
Todas as minhas certezas
foram por mim achadas
e as certezas dos outros
somente me são relacionadas.
Só serei adulto
quando estiver construído o meu culto,
e por não o ser,
vou pensando a experimentar
para o meu ser eu achar.
No entanto,
quando tiver filhos e mulher,
juventude, parte do meu ser,
em mim vai continuar,
pois pelo significado que lhe dei,
jamais a deixarei de amar.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentário