Tenho andado a nadar em sonhos e ilusões,
afogado por pedras agarradas às desilusões
que me afundam para debaixo de água,
onde o silêncio das memórias à nossa volta
como quem se aproxima da morte
cujos os pulmões asfixiam cheios de mágoa,
num mundo completamente aparte, submerso,
onde são poucos os que saem dispersos,
vivos como eu para escreverem novos versos,
versos ou uma cana de ar, como lhe quiserem chamar,
sei que dos poucos que chegaram à superfície
muito poucos não se atiraram do precipício
e desses poucos só um é que compreende o que estou a dizer,
sou eu, é tão insano e macabro que até parece fictício.
Pois então, há que se entreter no meio da solidão,
e eu e a minha consciência sentamo-nos e começamos a conversar
para tentar arranjar uma solução
mas não passa de um desvio da escuridão
visto que chegámos a nenhuma conclusão.
Ando tão perdido que descrevi o que não era o meu objectivo,
estou baralhado, penso demasiado mas é só metade do que sinto,
o que é que eu posso dizer?
Sentir é viver.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentário