A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Um Dia Destes (Carta)

Olá, a primeira coisa que deves ficar a saber sobre mim é que não vais gostar de mim, ou que te vais afastar de mim e eu não saberei porquê. Não saberei que mal fiz, ou que possa ter feito. Provavelmente, nem sequer vais-me conhecer minimamente para ter esse discernimento e, a esse respeito, tu julgarás na tua ignorância, seja ela a sapiência da tua vida ou de sermos supostos iguais, serei digno do teu preconceito. Não jogo a vida, nem com a vida dos outros, e tenho dificuldade em esconder emoções. Desculpa, não sei manipular, não sei levar-te a pensar algo sobre mim antes de sequer pensares algo sobre mim, e, não sendo eu familiarizado com as regras de aparências da nossa sociedade, o meu ser impede-me de ser um ser que não seja o meu próprio ser. Não consigo aparentar, não consigo parecer. Não consigo fingir, só sei sonhar. E às vezes cometo o erro de viver um sonho cuja a única parecença com a realidade é ser totalmente diferente. Desculpa-me isso também, é que me perco nos teus olhos. Mas que interessa isso? Tu já sabes! Mas o que não sabes é que, na verdade, não sabes nada.

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