Por favor não vás. Só tenho vinte anos e uma carrada de horas pela frente sem te ver.
Amo-te.
Tal palavra não me satisfaz,
prefiro o silêncio do beijo.
A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.
A minha inocência foi esta:
Francisco Sarmento
Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Loucura
Não é que eu não queira saber, ou se tenho razão. Não é não querer ouvir. Simplesmente sou louco e mantenho firmemente esta loucura. Desprezo tudo e todos. Tudo o que não está em mim. Todos os que não acreditam com a mesma intensidade com que eu acredito. A todos digo "está bem" e a tudo eu digo "ok", porque ainda não acabei. Porque entre todas ass negações que me fazem à felicidade, a todas as tentativas que me façam para desfazer aquilo que sou, o que sinto, são meros fracassos. Só tu, tu, podes acabar com isso e dizer-me não. E os teus olhos dizerem-me não. Mas, se disseres sim, acabou-se a minha Poesia. Porque, menina dos meus olhos, quando te vejo, perco as palavras.
sábado, 26 de outubro de 2013
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(...) no final, a morte é próprio perdão da vida. É uma chapada que, não tendo a mão, tem uma pena.
Nascer Do Sol
A vida é muito mais que a minha poesia.
E eu inspiro profundamente, profundamente feliz.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
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Se nos percebêssemos a nós próprios, chegaríamos à conclusão que não somos personagens principais mas sim parte da História em si. Mas o que impede isto de acontecer é que há algo, ou alguém, que pensa por nós.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Dêem-me Pena, Já!
Tenho tido problemas de insónias. Durante as tardes viro as costas ao sol e adormeço em sonhos esquisitos que nem me identifico com eles. Não estou perdido mas também não tenho estado em lado algum. É a Poesia. Já não me serve. Os sentimentos são demasiado intensos e fortes... bloqueio depois do primeiro verso. As minhas mãos automaticamente param. O tempo bloqueava, antigamente, agora sou eu que encravo. É isto que me acontece. O meu corpo rejeita, não corresponde. Não considera que escrever seja uma acção. Mas eu não sei fazer nada mais...
sábado, 19 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Um Dia Destes (Carta)
Olá, a primeira coisa que deves ficar a saber sobre mim é que não vais gostar de mim, ou que te vais afastar de mim e eu não saberei porquê. Não saberei que mal fiz, ou que possa ter feito. Provavelmente, nem sequer vais-me conhecer minimamente para ter esse discernimento e, a esse respeito, tu julgarás na tua ignorância, seja ela a sapiência da tua vida ou de sermos supostos iguais, serei digno do teu preconceito. Não jogo a vida, nem com a vida dos outros, e tenho dificuldade em esconder emoções. Desculpa, não sei manipular, não sei levar-te a pensar algo sobre mim antes de sequer pensares algo sobre mim, e, não sendo eu familiarizado com as regras de aparências da nossa sociedade, o meu ser impede-me de ser um ser que não seja o meu próprio ser. Não consigo aparentar, não consigo parecer. Não consigo fingir, só sei sonhar. E às vezes cometo o erro de viver um sonho cuja a única parecença com a realidade é ser totalmente diferente. Desculpa-me isso também, é que me perco nos teus olhos. Mas que interessa isso? Tu já sabes! Mas o que não sabes é que, na verdade, não sabes nada.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Desprezo
As minhas refeições
têm sido servidas numa taça,
uma taça cheia de merda,
porque tu cagaste em mim
e eu não sei o que se passa.
Levo à boca uma colherada
cheia de merda, cheia de nada,
com fedor a ilusão e sabor
a chapada sem mão.
É a merda da vida,
proibindo o meu ser
de ser e ter de viver
com as regras
de gente conformista.
têm sido servidas numa taça,
uma taça cheia de merda,
porque tu cagaste em mim
e eu não sei o que se passa.
Levo à boca uma colherada
cheia de merda, cheia de nada,
com fedor a ilusão e sabor
a chapada sem mão.
É a merda da vida,
proibindo o meu ser
de ser e ter de viver
com as regras
de gente conformista.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
sábado, 12 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Fim Do Mundo
Levei a maior facada da minha vida,
tenho o meu corpo dividido em metade,
a jaula está aberta à raiva reprimida,
seja bem-vinda a verdadeira liberdade.
tenho o meu corpo dividido em metade,
a jaula está aberta à raiva reprimida,
seja bem-vinda a verdadeira liberdade.
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Para os reprimidos e os raivosos calados, podem usar o Winzip. O Winzip é de borla, apesar de avisar do contrário, vocês já entraram nessa vida com o tarifário de pré-pagamento.
sábado, 5 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
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No final desta minha jornada, da minha Vida, se me perguntassem para quê tornar-me esse "humano" se a maior parte da Humanidade parece navegar noutro sentido, eu responderia: ser humano é ser isso mesmo, saber perdoar, porque afinal, eles não sabem o que fazem. E também porque é matemática, karma: o mal consome-se a si próprio.
!
And at the end of the world,
all i'll need is your eyes
to loose myself and reality,
before reality looses itself.
all i'll need is your eyes
to loose myself and reality,
before reality looses itself.
E depois de escrever um poema de rajada, cheio de sinceridade, fico parado, sem pensar em nada, a lê-lo, esperando que alguma coisa aconteça e nem sequer sei o quê. Durante, literalmente, horas. Permanecendo a questão: e depois? Surgirá um milagre, um acontecimento que mudará a minha vida? Não. Mas vou tentar pela 959ª vez.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Parábola Sobre Mim
No comboio, sentado,
imaginava o mundo fora,
pela janela,
e suspirava alegremente
ao olhar para a frente,
mas vendo nada de especial,
retornei a inexpressão banal.
Parando nas estações,
pessoas entravam e saiam,
sem que o ambiente
absorto se alterasse.
Quando as portas fechavam
voltava-me para a janela
e via a paisagem passar,
imaginando-me lá a correr
livre de tudo e de mim mesmo...
Já anoitecia e aos poucos
o reflexo do interior do comboio
roubava lugar à paisagem,
começando eu a ver-me
misturado com luzes de fora
a passarem velozmente.
Suspirei ao ver os meus olhos,
tudo era uma fantasia
de sonhos inconcretizáveis...
O comboio chega à penúltima paragem
e olho para as pessoas entrando e saindo,
sem valor...
Até que entra uma rapariga,
com uma amiga, sentando-se
mais à frente, de frente para mim,
olhando-me duas vezes,
e eu aprecio-a, suspirando...
Chegamos ao destino final,
ela levanta-se e eu deixo-me ficar,
saio por último e à porta do comboio
tento-a encontrar no meio da multidão,
vejo-a ao longe e logo me apresso
na sua direcção, ao virar a esquina
encontro-a na paragem,
ela olha para mim,
como se eu fosse parte da paisagem...
Chegamos ao destino final,
ela levanta-se e eu deixo-me ficar,
saio por último e à porta do comboio
tento-a encontrar no meio da multidão,
vejo-a ao longe e logo me apresso
na sua direcção, ao virar a esquina
encontro-a na paragem,
ela olha para mim,
como se eu fosse parte da paisagem...
mas nem sequer sei o meu próprio fim...
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Estou a correr, porque estou a vê-la ao longe e desta vez vou agarrá-la, desta vez não será só um sonho, não será uma fantasia. Vou agarrá-la e não vai ser só com a minha mão espiritual, de poeta, vai ser também com a minha mão física, e com a coragem e confiança para erguê-la. Não serei teu poeta sem saberes, serei teu homem. Farei magia e será com as minhas mãos nuas, com as que realmente tocam no teu corpo. Desta vez, a Poesia será física e terá mais detalhes do que poderei contar. Alcanço-te e atingo-te com a minha sinceridade despida: amo-te e não sei o que fazer.
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A Poesia é tudo e todos somos poetas. Não é necessário escrever para o ser. A Poesia é a magia da vida. Magia, de tão inexplicável que é, da vida, tão indefinível pela sua infinidade de ser. Digo isto porque é mágico, para mim, sentir a Poesia ser liberdade na solidão da escrita, livre da Ciência, da Razão, do impossível. Não é definível o que a Poesia é, apenas se descreve incompletamente o que sentimos através dela. No dia em que se conseguir definir a Poesia então não haverá mais nada para descobrir e não terei motivo para viver.
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Eu entendo outras realidades, diferentes, incomparáveis, opostas à minha. Afinal, já vivi mil e uma fantasias.
Fico magoado, não por me dizeres que estou longe de ser o melhor poeta do mundo, mas por ter consciência de que há tanta gente como tu, tão longe de entender a essência da Poesia. Ambos, tu e eu, vivemos distantes da realidade e da verdade. Eu, na minha escrita, vagueando pelas palavras, perco-me, desde o ar a entrar no meu peito - que logo se transforma noutra coisa - fazendo-me flutuar para outra dimensão, até aos constantes e contínuos arrepios de emoções à flor da pele, separando-me do mundo exterior, tendo nas minhas mãos a máxima liberdade - um papel em branco - vivendo a minha realidade, a realidade oposta e as outras realidades: fantasias e sonhos. Tu, perpetuado pela inconsciência ignorante ou culta, que nas duas formas de existência não entende que não sou servo do mundo Presente, que sou servo único de mim mesmo e que os meus poemas são partilhados mas não são para serem partilhados. Encontrei-me no papel, ainda eu era criança, e sei porque existo por entre as palavras. Sei quem sou e o que procuro nos olhos das almas vivas, aquilo que nos torna similares, humanos. Toda a minha vida se resume numa aventura em busca de me encontrar, e nela, a Poesia, me encontro entre páginas de um diário que só eu conheço muito bem, vividas por mim, e todas essas páginas são do Passado. O Presente e o Futuro sou eu a aventurar-me na minha primeira prioridade: tornar-me humano. Humano, num modo que sinto ter-se perdido entre nós, que nem sequer sei definir mas vai-se definindo a cada poema escrito, ganhando a sua consistência nesses pedaços da minha alma. São os outros que fazem acontecer esta aventura, apesar de ser, na sua essência, solidão. A mesma solidão que me envolve totalmente na escrita esquecendo a existência de pessoas e talvez seja, essa inocência, que me torna universal.
É aqui que ambos nos despedimos.
É aqui que ambos nos despedimos.
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