A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Isto é um castigo,
é um castigo amar a nossa Pátria,
porque somos destruídos por quem não a ama,
por quem a despreza.
Em todas as outras alturas,
surgiu alguém que a amava,
alguém que desafiava o rei,
o ditador, o imperador,
e todos os que seguiam
políticas em vez do povo.
O mesmo povo que povoa a Pátria,
o mesmo povo que constrói a História.
Pensamos no amanhã, mas não no dia seguinte,
falamos de hoje como falámos ontem sobre ontem.
Eles ditam o que nós somos.
A ciência seria para desenvolver
e evoluir a Humanidade.
Mas no sul da Humanidade
morre-se literalmente de fome e desespero,
no Oeste, impera a mão de obra barata
que tem feedback violento quando se exprime,
que é sugado em fábricas capitalistas,
e no Este da Humanidade, descalabra
o sentido da Evolução da Humanidade,
onde o sonho cientista do futuro melhor
se torna utilidade para uma minoria,
ou seja, o pesadelo da nossa evolução,
corrompido o ser com preços na liberdade.
Contudo, a tecnologia evolui,
para quem quer conquistar o mundo:
um rei com coroa de sangue,
um ditador cujo hino
é seu próprio nome,
um parlamento democrático
é uma bolsa financeira.
É esta a nossa Humanidade,
onde o humano é mercado.
Evolui a tecnologia
numa Humanidade sem Humanidade,
somos então uma máquina de auto-destruição.

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