ela segredou-me o motivo que a faz enganar-nos,
chamando-a mentirosa, disse-me ela que o Amor
não se baseia no que se diz ser mas sim no que realmente é,
contrariando a aparência com a realidade,
porque há uma verdade em cada par de Amor
que mais ninguém irá conhecer,
perguntei-lhe se falava de cumplicidade,
ela respondeu-me ser algo maior,
algo que ao viver ultrapassa o que é real.
Ilusão? Não, ilusão serve para nos agarrarmo-nos à terra,
o sentimento que te falo está num patamar superior,
é a forma máxima do Amor,
é super-realismo das invisibilidades espirituais,
é a materialização do sentimento através de partículas surreais,
é o descomposto da química através da física,
é a superioridade das palavras entre silêncios,
é a prova da inexistência do que é paralelo
na aglomeração perpendicular de duas linhas
rectas paralelas que se tornam numa só
através de um olhar - destinos intocáveis -,
em poucas palavras: sou eu e ela.
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